Em despedida, Léo Moura admite: "sou torcedor"
Na última coletiva pelo Flamengo, lateral lamentou não ter vencido a Libertadores e apostou em Paulo Victor como próximo ídolo
Da Redação, com Bradesco Esportes FM Rio - 3/03/2015 - 19:04
Léo Moura se emocionou na entrevista coletiva (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)
O lateral-direito Léo Moura concedeu nesta terça-feira sua última entrevista coletiva como jogador do Flamengo. Após 10 anos com a camisa rubro-negra, o capitão se despedirá nesta quarta, às 22h, em amistoso com o Nacional-URU, no Maracanã. Depois disso, o jogador de 34 anos se transfere para o Fort Lauderdale Strikers, dos Estados Unidos. O camisa 2 não escondeu a emoção, mas comemorou o novo desafio na carreira.
“Estou emocionado. São 10 anos. Não imaginava que essa última entrevista fosse acontecer tão rápido. Estou triste por um lado, por deixar o Flamengo, mas estou indo para um novo objetivo que pedi a Deus. Joguei no maior clube do Brasil. Cheguei à Seleção Brasileira por aqui”, afirmou Léo Moura, que chegou ao Fla em 2005 e venceu cinco estaduais (2007, 08, 09, 11, 14), duas Copas do Brasil (2006 e 13) e um Brasileirão (2009).
O lateral-direito também deu sua opinião sobre o que deixa para o clube após uma década.
“Um legado de títulos, de uma pessoa amiga, que sempre procurou ajudar os companheiros que chegam, os novatos. Sei o quanto é difícil jogar no Flamengo. Tenho certeza que eles também vão sentir falta do Léo companheiro e amigo dentro do vestiário. Tenho minha liderança de uma forma diferente de alguns. Então, é esse legado que deixo”, explicou.
Léo Moura apenas lamentou não ter conquistado o principal torneio da América.
“Faltou só o título da Libertadores, ter ido ao Mundial. Tive a oportunidade, mas não chegamos. É a única coisa que faltou, a Libertadores”, admitiu.
Com a saída do lateral, o elenco do Fla perderá uma referência e a torcida, um ídolo. Léo comentou seus candidatos a ocuparem esse posto.
“Sei que isso não é fácil conquistar esse posto de ídolo. Como capitão tem várias lideranças ali, Alecsandro, Wallace, Paulo Victor. E o cara que acho que tem esse carisma é o Paulo. Tem totais condições de pegar essa lacuna de ídolo. Está no clube há muito tempo também, conhece o Flamengo, o torcedor gosta dele. Acho que ele é um dos principais cotados”, opinou.
Léo Moura está de saída, mas ele espera que o jogo contra o Nacional-URU não seja o último com a camisa rubro-negra.
“Queria muito encerrar minha carreira com a camisa do Flamengo. Não queria encerrar em outro lugar. Estou indo para um novo desafio de três anos e espero que, ao final do contrato lá, eu possa pelo menos fazer um jogo com a camisa do Flamengo”, pediu o ídolo.
Com ou sem despedida no fim da carreira, Léo Moura garante que sempre torcerá pelo Fla.
“Sou torcedor. Mesmo de longe vou estar torcendo para a equipe. Quero vir buscar minha medalha de campeão, tenho certeza que esse grupo vai me dar esse presente. E a sensação é de dever cumprido. Peguei o Flamengo na Primeira Divisão e estou entregando na Primeira. Saio de cabeça erguida”.