Saiba como a Inglaterra combateu a violência nos estádios
Ao contrário do Brasil, país europeu tomou medidas efetivas para coibir os hooligans
Da Redação, com Rádio Bandeirantes - 5/04/2016 - 12:53 | Atualizado em 5/04/2016 - 13:03
Torcidas brigaram na estação Brás do Metrô (Foto: Reprodução/Facebook)
No último domingo, uma onda de violência entre organizadas de Palmeiras e Corinthians se espalhou por São Paulo e deixou uma pessoa morta. Para responder ao problema da violência, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) anunciou que até o final do ano todos os clássicos paulistas terão torcida única, entre outras medidas.
Violência no futebol não é novidade. Muito pelo contrário. A Inglaterra, por exemplo, enfrentou diversos problemas do tipo nas décadas de 1980 e 1990. O estopim da situação foi a chamada “Tragédia de Heysel”, quando 39 torcedores morreram na Bélgica após confusão gerada por torcedores do Liverpool antes de jogo contra a Juventus pela final da Taça dos Campeões Europeu de 1985, a antecessora da Liga dos Campeões. Por causa do ocorrido, clubes ingleses foram banidos de competições da Uefa por cinco anos.
A Tragédia de Heysel – assim como a de Hillsborough, em Sheffield, na Inglaterra, que matou 89 pessoas – motivou o governo britânico a agir duramente contra a violência das torcidas.
A principal das medidas foi o banimento de torcedores envolvidos em episódios de violência relacionados ao futebol. Agora, os hooligans punidos precisam se apresentar em uma delegacia no momento em que seus times estão jogando. Quando a partida é no exterior, é necessário entregar o passaporte à polícia cinco dias antes do duelo.
O governo inglês também definiu que os estádios precisam ter câmeras de segurança para ajudar a identificar os brigões. Outra medida tomada para que os hooligans sejam coibidos é a presença de agentes policiais infiltrados no meio dos torcedores.
Brigas longe dos estádios
Dos confrontos entre torcedores de Corinthians e Palmeiras, apenas um ocorreu nos arredores do Pacaembu – a agressão a três torcedores alviverde perto da estação Clínicas do metrô. Os outros episódios de violência foram registrados longe do local da partida. E é aí que há uma grande diferença em relação à Inglaterra.
Lá, não há torcidas organizadas com milhares de membros como no Brasil. Em geral, os grupos de torcedores se juntam em pubs e de lá partem para os estádios em grupo pequenos. Portanto, não existem organizações para planejar emboscadas ou agendarem brigas pela internet.
Mas a principal diferença entre Brasil e Inglaterra é a maior segurança que o país europeu apresenta no dia a dia. O controle maior da violência cotidiana inibe os confrontos em pontos distantes do estádio.
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