Heverton pode ser novo Sandro Hiroshi

Relembre caso do são-paulino que modificou classificação do Brasileirão 1999 e salvou o Botafogo do rebaixamento para a Série B

A escalação do meia Heverton pela Portuguesa na última rodada do Brasileirão pode levar o time à Série B e salvar o Fluminense da degola. O caso é muito similar ao que aconteceu no torneio em 1999, envolvendo o jogador Sandro Hiroshi, então no São Paulo, que livrou o Botafogo da queda à segunda divisão.

 

Heverton havia sido suspenso por dois jogos em julgamento do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) na sexta-feira e, como já tinha cumprido um contra a Ponte Preta, não poderia atuar contra o Grêmio, no domingo. No entanto, a Portuguesa relacionou o meia, que ainda entrou em campo aos 32 minutos do segundo tempo. Agora a Lusa pode perder três pontos, segundo o artigo 214 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva.

 

Já em 1999, Sandro Hiroshi foi o grande destaque do Rio Branco no Campeonato Paulista e foi contratado pelo São Paulo para o Brasileirão. No entanto, o clube pelo qual o atacante atuou na juventude, o Tocantinópolis, exigiu uma parte da venda, dizendo que a federação do TO não havia autorizado sua transferência para o clube de Americana.

 

Para evitar que o atacante fosse negociado novamente, antes que o impasse fosse desfeito, a CBF considerou o passe do atleta bloqueado.

 

O Botafogo ficou sabendo do imbróglio envolvendo o jogador e, como brigava contra o rebaixamento, levou o caso à Justiça Desportiva argumentando que o São Paulo havia escalado Hiroshi de maneira irregular na partida entre os times – derrota do alvinegro por 6 a 1, na terceira rodada.

 

Da mesma maneira, o Internacional também reivindicou os pontos perdidos na partida contra o Tricolor, que acabou empatada.

 

Com a pontuação conquistada na Justiça, o Botafogo conseguiu se livrar da queda dando lugar na degola ao Gama-DF. O rebaixamento na época era definido pela média de pontos nos campeonatos de 1998 e 1999.

 

Enquanto ainda corria o julgamento de Sandro Hiroshi no STJD, o jornal Folha de São Paulo descobriu uma irregularidade na documentação do jogador, que havia adulterado sua data de nascimento por um ano (de 1979 para 1980), ainda como adolescente. O caso do “gato” também ganhou repercussão à época.

 

Após ficar com o lugar do Botafogo na zona de rebaixamento, o Gama entrou na Justiça comum contra a CBF. A briga jurídica impediu que a entidade organizasse o Brasileirão de 2000, deixando a cargo do Clube dos 13.

 

O Clube dos 13 criou, então, a Copa João Havelange e ainda promoveu a participação de Fluminense e Bahia, membros fundadores, que não faziam parte da Série A.

Compartilhar

Ler a notÍcia completa

Deixe seu comentário