FPF planeja manter a fórmula do Paulistão e não teme perder Globo
Contrato com a emissora carioca para a transmissão do Estadual vai até 2021
Aline Küller e André Rigue - 25/06/2019 - 13:40 | Atualizado em 25/06/2019 - 13:44
Fórmula do Campeonato Paulista deve ser mantida (Foto: Marcelo D. Sants/Framephoto/Estadão Conteúdo)
Apesar das críticas, a fórmula do Campeonato Paulista deve ser mantida para a próxima temporada. Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), afirmou que está em contato com clubes, imprensa e detentores dos direitos de transmissão.
“Não temos enxergado nada diferente, provavelmente a fórmula fica. Vamos ter o mesmo número de clássicos, você tem seis clássicos na primeira fase. Você tem 12 rodadas, sendo seis clássicos, tem sempre um grande jogando no interior, um na capital... Você faz uma fase importante, que ajuda o grande a se classificar, a se preparar para Libertadores”, analisou Bastos em entrevista exclusiva ao Portal da Band durante o Brazilian Gaming Congress nesta terça-feira, 25.
Atualmente, a Série A1 do Paulistão conta com 12 clubes. Na primeira fase, as equipes são divididas em quatros grupos. Os times jogam com todos os adversários, exceto aqueles que estão na mesma chave. Os dois melhores de cada grupo se classificam e se enfrentam nas quartas de final. Na sequência, o chaveamento decide a semifinal e a decisão.
Outra preocupação do Paulistão é a televisão. A Federação Paulista de Futebol tem contrato com a Globo apenas para as próximas duas edições do torneio. No entanto, o presidente da entidade garante que já estuda outras possibilidades. “Primeiro, a gente tem convicção que os Estaduais estão aí mais enxutos, mas de uma forma definitiva, porque o Estadual é onde 700 clubes brasileiros podem praticar futebol. 700 clubes oferecendo camisas para jogadores praticarem futebol. Se diminuir para 100 clubes, é sete vezes menos jogadores de futebol em atividade, sete vezes menos a chance de achar um craque”, argumentou.
“O poder, a grandeza do futebol brasileiro, essa exportação de atletas para olhar com mais carinho se dá porque tem muito clube para jogar futebol. O Estadual veio para ficar, estamos há dois anos nos preparando, contratamos uma consultoria para diversificar as nossas plataformas, a gente provavelmente não vai concentrar todos os direitos do Paulista em uma cesta só”, revelou.
Reinaldo Carneiro Bastos também falou sobre site de apostas. “Apostas e futebol não tem conflito. Os sites de aposta são os parceiros para nos ajudar a prender os bandidos. Quando você cita os problemas [notícias sobre manipulações nas divisões inferiores do Paulista], que tem no mundo inteiro, o prejudicado é o site de apostas, ele que paga a aposta, não o futebol. Futebol perde o fair play, tem a dificuldade da manipulação de resultados, mas quem paga a conta é o site de apostas. A união é andar junto e aumentar o interesse na defesa do jogo, é muito importante”.