Quatro anos depois, Parque Olímpico do Rio continua abandonado

Construído para a Olimpíada de 2016, local vê estruturas apodrecerem a céu aberto

Quando o Rio de Janeiro se candidatou como sede dos Jogos Olímpicos de 2016, um dos muitos argumentos usados para que a capital fluminense fosse escolhida para receber a grande festa do esporte era justamente o legado que um evento desse porte deixaria para a cidade. Quatro anos depois, o que se vê é um histórico de abandono e destruição do principal local construído para abrigar a maior parte das competições: o Parque Olímpico.

Com custo acima dos R$ 2 bilhões, o Parque Olímpico continua abandonado. Em meio ao impasse entre a Prefeitura e o governo federal, as estruturas sofrem com o sucateamento e apodrecem a céu aberto.

Sob a alegação de que as instalações não poderiam ser utilizadas em razão da ausência de laudos de segurança, o Parque chegou a ser interditado por decisão da Justiça Federal no início deste ano.

Tecnicamente, o local está fechado, no entanto, não há dificuldades no acesso. A reportagem da Rádio BandNews FM foi ao local na segunda-feira, 1º, e flagrou placas de plástico jogadas, escadas das arenas enferrujadas e portas de vidro trincadas. O advogado Rodrigo dos Santos mora próximo ao Parque Olímpico e se diz frustrado com o cenário de abandono.

Em 2018, a Prefeitura do Rio de Janeiro gastou cerca de R$ 4 milhões com a manutenção do principal palco da Rio-2016. Para a pesquisadora em saúde Chrystina Barros, que integra o Comitê Técnico de Combate ao Coronavírus da UFRJ, os valores gastos e o espaço físico poderiam servir como um auxílio durante a pandemia.

A Prefeitura encaminhou um novo projeto de construção de novas instalações para escolas já existentes da rede municipal, mas aguarda a autorização do governo federal. Enquanto isso, perde-se dinheiro e o legado segue sendo corroído pelo descaso.

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