Como Muller foi decisivo em gol do título do Cruzeiro sem tocar na bola; Band exibe final

Relembre esse e outros fatos sobre a final da Copa do Brasil entre a Raposa e o São Paulo, que a Band exibe neste domingo no Você Torceu Aqui

Muller não tocou na bola no gol que deu o título da Copa do Brasil de 2000 ao Cruzeiro. Ainda assim, o atacante foi decisivo no lance, sem usar os pés.

A história é um dos fatos que cercam a decisão daquele 9 de julho de 2000, quando a Raposa virou contra o São Paulo nos minutos finais e levantou o troféu no Mineirão. Jogo que a Band exibe neste domingo, às 16h, no Você Torceu Aqui, na TV e no site.

No lance em questão, Geovanni, do Cruzeiro, se preparava para cobrar a falta quando ouviu um insistente Muller repetir para chutar com força. O meia, um jogador técnico, planejava bater colocado, mas foi convencido pelo experiente atacante.

“O Muller falou comigo umas três vezes para chutar forte, e eu queria bater colocado”, narra Geovanni, 20 anos na época. “Eu pude escutar a voz da experiencia aquele dia”, conta o jogador, sobre o companheiro 14 anos mais velho.

O pedido de Muller foi tão evidente que chamou a atenção do narrador Luciano do Valle.

“O Muller continua dizendo, ‘vai meu filho, vai meu filho’”, mencionou Luciano na transmissão.

A bola passou pelo meio da barreira e surpreendeu Rogério Ceni.

O gol saiu aos 45 minutos do segundo tempo, dando números finais ao placar de 2 a 1, mas a partida não acabou em seguida. Houve tempo para mais emoção. Relembre agora esse e outros fatos sobre aquela edição da Copa do Brasil.

CHEGA PRA LÁ
No gol decisivo, outro jogador do Cruzeiro cumpriu papel de coadjuvante para colaborar. No momento em que Geovanni corre para a cobrança, Donizete empurra a barreira do lado esquerdo, o que ajuda a desestabilizar o “muro” armado por Rogério Ceni.

QUASE
Atrás no placar, o São Paulo partiu para cima nos acréscimos em busca do empate que daria o título ao Tricolor. E quase conseguiu. Marcelinho Paraíba acertou uma cabeçada dentro da pequena área, sem marcação, mas o goleiro André fez um milagre e evitou o gol. Na sequência, Cléber afastou. “Uma das grandes emoções que vivi no futebol”, diz o zagueiro.

ARTILHARIA
Campeão com o Cruzeiro, o atacante Oséas foi artilheiro da competição, com 10 gols. Curiosamente, passou em branco nos dois jogos da final.

CAMINHO MAIS CURTO
Pela primeira vez, os times que estavam disputando a Libertadores naquele ano entraram direto nas oitavas de final da Copa do Brasil. Foram os casos de Corinthians, Palmeiras, Atlético-MG, Atlético-PR e Juventude.

LUA DE MEL NA CONCENTRAÇÃO
Belleti se casou na véspera da final, mas teve que adiar a lua de mel por causa da decisão. Por isso, a primeira noite depois do casamento foi na concentração, onde dividia o quarto com Raí. O jogador ainda esperaria mais tempo até, enfim, curtir uns dias com a esposa: a Copa dos Campeões e uma convocação para a Seleção Brasileira postergaram ainda mais a lua de mel.

DEMISSÃO
O técnico Marco Aurélio já participou da final sabendo que aquela era também a sua despedida do Cruzeiro. Isso porque Luis Felipe Scolari já havia sido anunciado como seu substituto logo após a Copa do Brasil. O que não chegou a ser uma surpresa: foi Felipão quem indicou Marco Aurélio para o posto, e este já sabia desde março da possível chegada de Scolari. O adeus foi ao menos com título.

PAROU
Ídolo tricolor, Raí se aposentou dias depois da final, no mesmo mês de julho. A última partida foi em 22 de julho, em jogo contra o Sport, pelo Brasileirão. O tricolor foi derrotado por 3 a 1, em João Pessoa (PB), e eliminado da Copa dos Campeões.

CIDADE PARTIDA
A pequena Codó, no Maranhão tinha motivos especiais para acompanhar de perto da final. Dois motivos, para ser mais exato: França, do São Paulo, e Jackson, do Cruzeiro, fizeram a cidade se dividir no apoio aos dois filhos ilustres. A parcela azul da torcida comemorou.

APITO INIMIGO
Foram distribuídos entre os torcedores do Cruzeiro 30 mil apitos, que eram assoprados a cada vez que o São Paulo estava com a bola. Com 90 mil pessoas no Mineirão, é como se um terço do público fizesse um apitaço contra o Tricolor.

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